quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Suplementação estratégica pode incrementar resultados na reprodução bovina.

Em um país de clima tropical, com variações significativas na qualidade e quantidade de forragem produzida durante o ano, a suplementação bovina é, muitas vezes, essencial para assegurar a eficiência da reprodução do rebanho. Por isso, durante o primeiro Simpósio Repronutri de Reprodução, Nutrição e Produção Animal, o médico veterinário Ed Hoffmann – professor do curso de medicina veterinária na Universidade de São Paulo (USP) – discutiu uma questão de grande importância para quem decide atender às exigências nutricionais dos bovinos por meio da suplementação alimentar: quando fazê-lo?


Segundo o professor, alguns fatores devem ser considerados ao tomar essa decisão. Ele lembra que a pecuária brasileira é realizada, em grande parte, por meio do sistema extensivo de cria e que os animais apresentam diferentes exigências nutricionais durante as fases do ciclo reprodutivo. "Uma suplementação, por exemplo, em uma fase de lactação é diferente de uma fase logo após o desmame, que é diferente do terço final da gestação. Seria muito cômodo se nós pegássemos as exigências nutricionais das vacas, analisássemos o que o pasto está oferendo e déssemos a diferença como suplementação – mas isso não é economicamente viável. Então, nós temos que escolher momentos mais estratégicos", diz Hoffmann.


Então, quando?


Com essas questões em mente, o professor sugere um momento específico para suplementar os animais: logo após o desmame. "É um período em que a exigência nutricional da vaca cai bastante. Ela tem todo o metabolismo voltado para si própria. Então, eu alimento a vaca e ela acumula reservas em forma de gordura. É essa reserva que ela vai poder utilizar no pós parto com a lactação para compensar o balanço energético negativo dela", afirma. "Faço a suplementação por 75, 90 dias, que é o suficiente para ela recompor a sua reserva energética. Em números, ela deve recompor de 45 a 50 kg de reserva para ela poder ter uma lactação e um último trimestre de gestação adequados".


O tipo de suplementação, segundo o professor, também varia de acordo com a condição dos animais. "Às vezes, o balanço energético negativo é muito pequeno e a gente pode, por exemplo, suplementar os animais com um pouquinho de proteína – porque isso faz com que eles aumentem a ingestão de alimentos. Então, a gente consegue suplementá-los não dando uma ração, mas estimulando a ingestão maior. Com maior ingestão, eu consigo superar esses problemas. Isso, às vezes, pode ser feito com pequenas quantidades de proteína por dia. Em outras situações, eu já preciso entrar com rações balanceadas".


O que usar?


Para o veterinário, as vacas com uma boa condição corporal após o desmame, como a condição corporal 5, podem ser suplementadas com sal mineralizado com ureia, por exemplo, apenas para a manutenção do peso. Já a condição corporal 4 exige uma suplementação um pouco maior, para que os animais recuperem de 40 a 50 kg. Com a pastagem em boas condições, é possível suplementá-los com mineral proteico. "Ele tem um pouco de proteína verdadeira, que vai fazer aquele efeito de estimular a aumentar a ingestão de alimentos", diz. Para regiões que não têm mais pastagem nessa época, o professor recomenda uma suplementação maior, com soja, milho e outros resíduos industriais. "O que tiver na região".


Somado a esses fatores, a variação entre épocas do ano favoráveis à pecuária e os períodos que demandam mais esforços para atender as necessidades nutricionais dos bovinos faz com que seja preciso planejar a suplementação como forma de não perder dinheiro. "Por quatro meses, nós temos que fazer suplementações em algumas categorias animais e isso é inevitável. O planejamento possibilita que a gente faça isso com alimentos adquiridos na época certa, com custos melhores, administrados nas quantidades corretas", afirma. "Quanto mais planejado, melhor é o custo-benefício". O professor ressalta, ainda, a importância de se apostar em tecnologia e profissionalização para o sucesso da atividade. "Temos que aproveitar o momento para produzir mais, produzir melhor e produzir antes".


Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal

Telefone: +55 (67) 3234-5957

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

PALESTRA !!

Controle estratégico do carrapato.

Melhores índices de produtividade na pecuária brasileira só poderão ser atingidos através do aprimoramento dos sistemas de produção de bovinos, o que será conseguido pela intensificação do manejo, melhor controle sanitário e pelo melhoramento genético dos rebanhos. Nesse contexto, as práticas de manejo visam propiciar maior lotação dos pastos, aumentando a concentração animal e a produtividade, dentro de um limite econômico viável, situação que pode favorecer a ocorrência de alterações nas relações entre os organismos envolvidos e conseqüentemente a necessidade de um maior controle dos parasitas dos bovinos, dentre os quais destaca-se o carrapato dos bovinos Boophilus microplus.

O carrapato dos bovinos é o ectoparasito mais importante dos bovinos brasileiros, ocasionando um prejuízo que chega a ultrapassar os dois bilhões de dólares ao ano devido principalmente à mortalidade dos animais (próximo de 1,2%) e transmissão dos agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina (Anaplasma sp. e Babesia spp.), diminuição do ganho de peso (aproximadamente 6 Kg/animal/ano), danos ocasionado no couro, gastos com produtos químicos, instalações, equipamentos e mão de obra para o seu controle, e diminuição da produção de leite (1,5 bilhões de litros).

O combate ao carrapato dos bovinos tem sido na maioria das vezes, sendo realizado quase que exclusivamente na sua fase parasitária, com a utilização de carrapaticidas químicos utilizando as mais variadas estratégias em períodos específicos e com critérios bastante diversos de manejo.
Os produtores, por desconhecimento das práticas de controle do carrapato e o manejo do carrapaticida, fazem uso de uma variedade de métodos e meios que incluem práticas desaconselháveis como: esquemas de tratamento carrapaticidas não planejados, falta de monitoração da concentração de banheiros, uso de formulações caseiras de produtos em aplicação “Pour-on”, e uso indiscriminado destes produtos em aplicações contra a mosca-dos-chifres (Haematobia irritans).
Para que este tipo de controle seja eficaz é fundamental o uso de carrapaticidas eficientes, no entanto ao longo das últimas décadas esses carrapaticidas, em algumas circunstâncias, tornaram-se fragilizados ante os desafios que lhe foram impostos, seja pelo mau uso dos que o manipulam seja pelo efeito minimizado que provocam no seu alvo, em conseqüência do inexorável problema da resistência.
A resistência a determinado princípio ativo ou a um grupo químico é um caráter hereditário do carrapato que se desenvolve a partir da pressão seletiva dos carrapaticidas sobre mutantes resistentes, e esta propagação de resistência aumenta à medida que esta cepa entra em contato com o carrapaticida.
No Brasil não existe qualquer política oficial de controle do carrapato comum dos bovinos. Os produtores adotam práticas de controle individuais, as quais podem se constituir numa proporção significativa dos custos de produção de bovinos.
FONTE: BEEFPOINT


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Palestra 21/09/2015: "Estratégia de Cruzamento e Morfologia da vaca de leite"

Ontem contamos com a presença do Médico Veterinário e técnico de leite da empresa Alta Genetics, Reginaldo Santos, ministrando a palestra "Estratégia de Cruzamento e Morfologia da Vaca de Leite", abordando vários aspectos importantes da Inseminação Artificial - IA, como a escolha de raças, touros e vacas, e destacando também, suas vantagens como por exemplo o melhoramento genético no cruzamento de raças, diminuir chances de consanguinidade, teste de progênie, controle de doenças sexualmente transmissíveis, garantia de uso de touros provados e etc.



terça-feira, 1 de setembro de 2015

QUEREMOS SUA OPINIÃO! ;)

Nesta segunda-feira, voltamos com nossas atividades do Grupo de Estudos RUMIVET com a palestra sobre "Mastite Em Ambiente Intensivos", sabemos que a parte mais importante desse projeto são vocês que frequentam nossas palestras e participam das atividades que promovemos! Portanto, a opinião de vocês é imprescindível para melhorarmos a cada semana que passa a qualidade de temas abordados nas nossas reuniões. Com nossas redes sociais queremos estreitar essa relação, e saber de vocês que tipo de tema gostariam que fosse debatido em nossas palestras, nesse e nos próximos semestres! Então fiquem á vontade, exponham nos comentários temas para as palestras, minicursos, visitas técnicas etc...

Vamos fazer o possível para melhorar sempre nossa interação!
Fiquem atentos pois estamos planejando coisa nova pra vocês!! ^^

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****Não deixem de participar das palestras, com 75% de presença será emitido certificado!!!!! :)

Palestra "Mastite Em Ambientes Intensivos" - 31/08/2015



Demonstrando pontos positivos e negativos em diversos tipos de confinamento, e dando ênfase a incidência de mastite clínica e subclínica nesses sistemas, o Médico Veterinário Pedro Jerônimo de Souza Júnior da Empresa Alta Genética, abordou detalhadamente os principais problemas encontrados relacionados ao manejo, controle e profilaxia da mastite nos sistemas Free Stall e Compost Barn, colocando em pauta os desafios de manter o funcionamento adequado desses métodos  como também manter altos índices de produção e bem estar animal.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

VOLTAAAMOS!! Palestra 31/08/2015 :)

Retornaremos nesta segunda-feira com nossas palestras!!! 

Teremos no dia 31/08/2015, no auditório ESUCARV, ás 17 horas, a palestra com o Médico Veterinário Pedro Jerônimo de Souza Júnior da Empresa Alta Genética, sobre "Mastite Em Ambientes Intensivos".

Contamos com sua presença!